Fazia-me imensa confusão andar a
ler rótulos no supermercado. Havia produtos de que gostava e produtos de que
não gostava. Marcas de que sou cliente e outras que nem considero. Os rótulos
são demasiados números e letras na hora de fazer meia dúzia de compras à pressa.
Até que comecei a perceber melhor
o que parte da informação que lá está escrita quer dizer. Ainda não percebo
tudo e acho que para perceber é preciso tirar um curso mas já percebo alguma
coisa.
Também comecei a preocupar-me
mais com aquilo que quero. Se quero manteiga seja nata desnatada e sal, se
quero bacon que seja carne porco com tempero,…
Rapidamente comecei a perceber
que dificilmente compramos “só” o que queremos. Quase tudo o que compramos tem
uma série de artifícios desnecessários, que fazem mal, mas que tornam os
alimentos mais agradáveis ao palato e por isso mais viciosos.
Uma decisão que tomei foi deixar
de comprar carne picada já embalada. Agora, sempre que preciso, vou ao talho,
escolho a carne e peço para picar – e assim sei exatamente o que estou a trazer
(experimentem a missão impossível de procurar carne picada sem pão ralado na
lista de ingredientes!).
Mas este é um exemplo que consigo
contornar e facilmente tomar uma opção saudável. O que não acontece com tudo.
Com exceção do Lidl encontrar
numa superfície comercial um presunto sem adição de açúcar é tarefa para pôr
qualquer um com ataque de comichão e expressão boquiaberta constante. O açúcar,
ou uma das suas variantes com nome rebuscado, está, atrevo-me a dizer, em todas
as alternativas à escolha.
Presunto com açúcar? Açúcar no
presunto? Pois é! Faz confusão, pelo menos a mim, mas é uma realidade. Comecem a
prestar mais atenção a este pormenor.
Só não percebo como ninguém
intervém sobre estes assuntos e obriga os produtores a serem mais verdadeiros
naquilo que nos oferecem.
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