Dia de São Martinho. A caminho do
colégio avisei a miúda: hoje de manhã bebeste leite porque é dia de castanhas e
um copo de vinho (é importante definir quantidade senão ela é sempre a aviar).
Para mim, apesar de gostar muito
de castanhas, basta ser sexta feira para ficar satisfeita. Foi uma semana que
me deixou de rastos e por isso só quero alapar no sofá sem pensar que às 6 da
matina o despertador vai tocar. Hoje já estava capaz de espetar com o telemóvel
contra a parede tal era a minha vontade de enfrentar mais um dia de trabalho.
Falando de coisas importantes...
De vinho não vale a pena falar que já toda a gente sabe que é bom. Quanto mais
melhor, na maioria dos casos, pois deixa a malta faladora e bem disposta.
Quanto às castanhas são uma excelente comemoração de um dia.
Antes de nos atestarmos de sonhos
e rabanadas vamos começar pela castanha, assada ou cozida, que não faz quase
mal nenhum. Quase nenhum… porque perfume desagradável é coisa para não faltar
em território nacional. O grande mal do consumo das castanhas é mesmo a
flatulência – coisa que não afeta as senhoras, ladies, mas sim os homens.
Espalham odor a torto e a direito e dão cabo do olfato do povo todo.
Hoje vou experimentar um método
diferente para as assar. Promete facilitar em muito a descasca do bicho (tarefa
árdua mas que vale a pena para o consolo obtido). Não sou gulosa portanto
partilho o resultado da minha pesqusisa:
Começar por fazer cortes em cruz
nas meninas todas. Convém um corte profundo para facilitar que a pele se
descole do miolo. Colocar as castanhas todas de molho em água quente durante
uns minutos. Levar ao forno pré aquecido a 180ºC num tabuleiro com sal. Deixar
cozinhar, a casca deverá começar a encarquilhar, e está pronto a comer.
(Nota: convém tratar das
castanhas antes de se dedicarem ao vinho.)
Diz que se fura o pipinho,
mata-se o porquinho, semeia-se o cebolinho,… mas basicamente:
No São Martinho come-se castanhas
e bebe-se vinho.
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