Faço parte daquele grupo de
pessoas que acha que o exemplo vem dos pais. Para mim muito do que as crianças
fazem é apenas copiar aquilo que em algum momento viram pai/mãe a fazer.
Não posso por isso estranhar que
a L. passe a vida a resmungar – que a moça até sozinha reclama!!! – já que a
mãe é um belo exemplo de resmunguice frequente. O mesmo não acontece com a mão
levezinha que tem e que anda sempre pelo ar a tentar assentar na cara de
alguém. Não somos malta de andar à bofetada mas a L. anda sempre com ela
prontinha para mais uma lambada.
À frente…
Não sendo possível sempre (porque
não sou perfeita ou nem me apercebo do que estou a fazer) tento ser um bom
exemplo para ela. E neste caso refiro-me a uma questão muito específica –
cumprimentar.
É da minha personalidade ser uma
pessoa recatada. Não sou daquelas pessoas que facilmente cria empatia ou
amizade com outras pessoas. Muito se deve à minha timidez mas acho que é
sobretudo a minha maneira de ser. Mas não dar confiança nem entrar em grandes
conversas com alguém não me impede de ser bem educada e um bom dia/ boa tarde/
boa noite não paga impostos e acho que se trata do mínimo estabelecido nas
regras de convivência.
Fico pasmada com a quantidade de
pais que se cruzam comigo no colégio da L. e que apesar de eu fazer questão de
cumprimentar sempre não me dão qualquer resposta. As primeiras vezes nem
critico porque o mar de pensamentos que muitas vezes inunda o nosso cérebro
impede-nos as ações básicas e distração também acontece com toda a gente. A malta
com ar de superioridade já é outra história. Até a minha rapariga acena para
toda a gente, diz bom dia e adeus à maneira dela, e acaba por ser muito mais
bem educada do que muita gente supostamente grande que por ali anda.
Quando nem cumprimentamos as
pessoas que exemplo estamos a dar?
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