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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2015

Quanto mais o tempo passa mais me identifico com isto

A estada no hospital e os primeiros dias em casa após o parto afiguram-se-me como dias ali a pairar entre o sonho e o pesadelo. A possibilidade de tudo isto se traduzir a uma romaria de entra e sai e opiniões de todos a quem não se pergunta nada é coisa para me dar urticária nervosa antecipada. À exceção dos médicos e/ou enfermeiros não quero saber se o meu leite não presta, se os pontos foram muitos ou poucos, se fui piegas ou corajosa, se pego bem ou mal na bebé, muito ou pouco… nada! Não quero saber nada! Ou melhor, quando quiser saber terei a humildade de perguntar. Quando precisar de ajuda terei a humildade de pedir! Sobretudo quem já teve filhos deverá ter a sensibilidade de perceber quando precisamos de momentos a três (entenda-se meu, do pai e da bebé). Porque é o nosso momento. São meses a aguardar o momento do nascimento da nossa filha e queremos guardar tudo no nosso coração e memória, queremos partilhar momentos só nossos, e precisamos de privacidade e inti

E assim param os nossos serviços públicos #2

Centro de Saúde: continuo com as consultas regulares (mensais) no centro de saúde. Chego, sou sempre atendida por alunos de enfermagem diferentes, juntamente com a enfermeira chefe que se encosta a um canto, sou pesada, medem-me as tensões e verificam se está tudo bem com a urina. E tudo termina bem quando faço isto sem abrir o bico. Nas últimas consultas falei na possibilidade de frequentar o Curso de Preparação para o Parto. Foram adiando até à última consulta onde me informaram que é dado numa unidade de cuidados continuados perto do Centro de Saúde, com duas alternativas: de manhã por volta das 10h, de tarde por volta das 14. Sim senhora, muito bem. Portanto, trabalho, tento faltar o mínimo possível, sendo que tenho de faltar sempre que compareço a uma consulta no SNS e para receber uma preparação/formação gratuita, a que tenho direit,o falto a torto e a direito a meio da manhã ou a meio da tarde!!! Acho fantástico que nem sequer coloquem as aulas mais nas pontas do horá

E assim param os nossos serviços públicos #1

A gravidez tem sido um verdadeiro abre olhos no que a serviços públicos diz respeito. Bendita a horinha em que fiz um seguro de saúde pois, caso assim não fosse, acho que já estaria com esgotamento nervoso a tender para a histeria total. Quando engravidei, pelo estado emocional em que me encontrava, fui aconselhada a ser seguida pelo Hospital S. João. Aceitei a sugestão – devia estar altamente alcoolizada quando o fiz!!! – e lá compareci à primeira consulta. Na Lei do Trabalho é mencionado que devemos tentar marcar estas consultas, ecografias e afins fora do horário de expediente. No Serviço Nacional de Saúde acho que todos sabemos que é missão impossível. Fora de questão! É ir, sem pressas, e sem hora expetável de retorno porque mesmo que seja a primeira do dia e tenhamos ido uma hora mais cedo, saímos de lá sempre umas 3 ou 4 horas depois do início previsto. (Ou azar meu!) Mas nem é acerca disto que reclamo. Saí da primeira consulta a chorar baba e ranho, de form