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A mostrar mensagens de outubro, 2014

O peso no peito é demasiado grande

quando me sinto diariamente a caminhar no fio da navalha. Nunca sei como vai acabar o dia e o aperto constante que sinto parece murchar-me mais um pouco diariamente - hora a hora. Enquanto sei que o meu irmão está numa cama de hospital a lutar por manter o coração a bater não consigo deixar de ser assaltada por momentos que partilhamos. A forma como pelos corredores dizia, alto e bom som, o orgulho que sentia pelo facto de ter emagrecido “tanto”; quando dizia ao RP para ter cuidado e se pôr a pau! Com um sorriso malandro no rosto; quando dizia que eu era a sua psiquiatra e o RP o seu psicólogo; quando me dizia que era a segunda mulher mais importante da vida dele… Pensar que nunca mais me vou sentir envergonhada pelos seus elogios imerecidos, pela forma como explodia quando precisava de desabafar os problemas pessoais, como só eu e o cunhado o conseguíamos acalmar quando começava a perder o controlo dos seus nervos, faz-me sentir seca. Saber que não vou ter de intervir

Eu sei que já passou

Mas não resisto a mostrar a melhor gata do mundo: Faz tantas, mas tantas, asneiras que às vezes nem sei o que me apetece fazer-lhe. Depois tem momentos como este em que deposita toda a sua confiança em nós e simplesmente estica-se toda, roça-se até mais não e ronrona até incomodar... e nós ficamos conquistados e babados.

Acho que nunca fez mal a ninguém

Um pouco de humildade quer-se e recomenda-se...  Quando alguém começa a agir como se fosse dono do mundo, independentemente da sua situação/posição/dificuldade, com o nariz sempre direcionado para o céu, para mim, é a morte do artista.

Uma decisão como deve ser

Agora só fico curiosa relativamente às touradas. Porque ouvir, como ainda há dias ouvi, pessoas a dizer que o animal tem de ser morto porque assim é que é - com um sorriso na cara que consegue fazer brotar em mim toda a agressividade possível - até se me revoltam as tripas. Dizer que se o animal não morrer a coisa não tem piada. Eu sugiro fazer uma demonstraçãozita numa dessas pessoas que tanto defendem a morte dos animais. Incutir sofrimento a animais para bel-prazer e diversão alheia é das coisas mais nojentas e repugnantes que continuam a acontecer em Portugal. E, sinceramente, estou-me a cagar para os regimes de exceção ou especial ou o raio que o parta.