Azedume… acho que é o que lhe
posso chamar.
Quando o meu marido me quer
chegar mesmo ao sentimento, tocar na ferida, deixar-me parada, com cara triste
e pensativa basta dizer-me: és má pessoa.
Não sou mais nem menos que
ninguém. Rejo-me por princípios que são os meus e que considero corretos. Porque
má pessoa é daquelas coisas que não quero MESMO ser.
Felizmente, sinto-me muito feliz
com a felicidade dos outros. Obviamente, quanto mais próxima essa pessoa for mais
acentuado é esse efeito mas, em geral, acontece-me com toda a gente. E é assim
que gosto de ser.
Exceto num assunto em particular.
Podia, mas não vou esclarecer que assunto é esse. Porque a questão é que não
gosto deste azedume que sinto. Nem sequer se trata de desejar que a outra
pessoa não o tenha é apenas a felicidade, que não consigo sentir, por alguém
estar feliz por esse motivo. Não gosto… faz-me sentir, de facto, má pessoa.
Não quero tornar-me numa pessoa
amarga – e não vou. Nego-me incessantemente a faze-lo. Mas caramba também não
precisava de ser assim. Um caminho tão tortuoso… nunca pensei!
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