Por volta das 10horas o meu
telefone tocou mas, como não estava no gabinete, não atendi. Quando vi a
chamada perdida devolvi-a:
Ela: Bom dia!
Eu: Olá A.! Tudo bem?
Ela: Eu peço desculpa por estar a
incomodar! Estava a dormir?
Eu: Não A.! (I wish!) Estou a trabalhar.
Ela: Ah…
Esta juventude, neste caso uma
aluna de primeiro ano da universidade, acha que o pessoal que trabalha está a
dormir às 10 horas manhã. Seria fabuloso, não?
É notória a inconsciência que têm
daquilo que os aguarda. Mas quando se está no primeiro ano da universidade
ainda se tem muito tempo para “cair na real”.
Aproveita A. enquanto podes.
Daqui a nada tens de tirar o cu da cama pela manhãzinha, ir para um trabalho
que podes gostar (ou não), com dias melhores e piores (com um bocadinho de azar
são mais os piores que os melhores); no final do mês provavelmente vais ficar
desgostosa com o que te entra no banco depois de mais um mês de esforço.
Tudo isto considerando um cenário
mais ou menos agradável. Porque existe sempre a possibilidade de, depois de
milhentos anos a estudar, ficares inscrita no centro de emprego ad aeternum; em que serás contactada
esporadicamente para ofertas vergonhosas de trabalho em excesso e rendimento em
defeito.
Juventude inocente… as saudades
que tenho!
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