Estou aqui mas não estou,
O tangível sim, mas o intangível anda por aí...
A flutuar!
Fico presa dentro destas paredes que por vezes me sufocam,
Quero sair, quero correr, quero sorrir, quero viver.
Parece que o tempo para, o desenvolvimento é nulo,
Corro atrás do comboio que passa demasiado rápido.
Quero concentrar-me mas não consigo,
É demasiado tudo…
É Primavera e as flores estão em flor,
Mas tudo o resto parece não fazer sentido.
Estou onde não quero estar,
Quero estar para onde não posso ir.
Fico com a sensação de estar a falhar,
E as flores que não estão a florir falam por mim.
Quero ir, desprender-me e flutuar,
Porque não, até voar?
O papel, coisa perigosa,
Corta-me as asas com a mesma facilidade com que me faz
sangrar.
Estou mas não estou…
Quando é que isto vai parar?
Sinto a vida a correr-me nas veias,
E pouca cabeça para pensar.
Mas vai parar?
Vai acalmar?
Ou vou finalmente viver?
Vou finalmente voar?
Comentários
Enviar um comentário