Um conselho: Quando acordarem tontos não se
esforcem a ir ao ginásio.
Com aqueles ataques de burrice que volta e meia me
agarram, hoje acordei completamente tonta e, mesmo assim, achei por bem
equipar-me e ir para o ginásio.
Mal pousei os pés no chão tudo se mexeu à minha
frente, não conseguia dar dois passos na direção correta, sentia o meu corpo a
dizer (ou a gritar vá) para não me esforçar, que precisava de mais descanso,
mas achei por bem ir na mesma. Agora que penso nisso parece-me que foi um grito
de revolta: ai é? Não me dás pizza? Então
toma lá com umas tonturas só para saberes quem manda!
Resultado final:
- a queima das fitas já acabou, mas parecia que a
tinha prolongado até hoje e ido diretamente do queimódromo para a passadeira
mais próxima;
- a sensação de desequilíbrio constante não foi
nada agradável;
- quanto mais me tentava concentrar para caminhar
direita pior corria;
- a certa altura fiquei mal disposta, o estômago a
não gostar da brincadeira… acho que a rebeldia mencionada ontem deu frutos
hoje;
- saí de lá
a pensar que é para aprender, para a próxima escuto o corpo e dou-lhe o devido
descanso que também é preciso.
A verdade é que neste momento não associo o ginásio
a sacrifício mas sim a prazer. Saber que vou trabalhar sem antes passar uma
hora desligada de tudo é uma possibilidade que não me apetece considerar.
Nos dias em que me custa a sair da cama é porque
estou mesmo muito cansada, dormi pouquíssimas horas (aquela sensação de acabar
de adormecer e voltar a acordar) e quase não tenho consciência de que o
despertador tocou.
E nesse aspeto o meu dia-a-dia melhorou
substancialmente. Deixei de diariamente batalhar entre a obrigação de ir
trabalhar e a falta de vontade para enfrentar clientes (desagradáveis), portal
das finanças (indisponível), postura da gerência (desadequada), para apenas
pensar que vou para o ginásio exercitar o corpo e lutar por um objetivo. O
trabalho “só” vem a seguir e o seu impacto é completamente diferente.
Com a frequência diária do ginásio o meu dia deixou
de ser exclusivamente o trabalho para passar a ser uma parte dele. E no final
das contas, isso faz toda a diferença.
Mas só para dizer que não vale a pena esforçar
desnecessariamente. Quando as tonturas voltarem o destino vai ser a cama.
Por fim, as senhoras do balneário que me desculpem,
mas não resisto a partilhar (se ficarem incomodadas avisem que eu trato de
apagar tudinho! Combinado?):
Senhora 1: Por acaso não tem umas cuecas que me
empreste?
(S. liga antena! Cuecas emprestadas? Pura cusquice
da vida alheia ativada!)
Senhora 2: Deixe-me ver se tenho por aqui algumas.
…
Senhora 2: Tenho aqui umas. Mas olhe que nunca as
usei! Pode estar descansada.
(Eu não sei, mas se fossem usadas… é melhor não
partilhar os meus pensamentos!)
…
Senhora 1: Mas eu queria umas cuecas fio dental!
(Está mal! Então a senhora 2 não sabe trazer umas
de cada estilo? Nunca se sabe o que pode fazer falta aos outros.
Ok, pronto, não digo mais nada!)
Senhora 2: Não! não tenho mais nenhumas, só essas.
Senhora 1: Que chatice!
Senhora 2: Mas também… empresto-lhe umas cuecas e
tem mais que dizer?
Senhora 1: Porque não são as que gosto de usar!
Senhora 2: Olhe, então empurre as cuecas para o
rego! Ou então pegue numa tesoura e corte até ficar só um fio!
(A reter: a senhora 2 além de socorrista, teve
consciência de que as cuecas eram empréstimo a fundo perdido e ainda solucionou
todos os problemas)
Senhora 1: hmmmmm…
(corta ou não corta? Mete ou não mete?)
Senhora 2: Isso não dá para mim! No outro dia fui a
uma loja e comprei cuecas, mas das normais que eu não compro dessas coisas,
fios dentais e não sei quê, e a senhora da loja ofereceu-me umas dessas. Vesti
aquilo e depois só me dava comichão, até ficou inflamado. O meu marido até
disse: oh mulher vai lá tirar isso que estás sempre a coçar o rabiosque!
…
E fico por
aqui apesar de haver mais para partilhar.
Resumindo e concluindo:
- comprar cuecas fio dental é uma badalhoquice tal
que mesmo quem as compra não o admite. Já’gora gostava de saber onde a senhora
costuma comprar as cuecas, é que nunca me aconteceu oferecerem-me umas. Malta
com sorte, é o que é!
- a senhora tem um marido muito atento que até a
manda trocar as cuecas, tomando atenção a possíveis desconfortos que tal
vestuário possa causar. Acrescento ainda que o homem não deve ter dito
rabiosque mas sim cu (mas claro está que quem não admite comprar cuecas fio
dental também não diz cu!).
- há gente a emprestar cuecas a pessoas
desconhecidas.
- e por último, já sabia, mas é sempre bom reforçar
a ideia, há pessoas com uma lata que mais parece um latão. Não, não fez
comentários sobre a(s) cor(es) das cuecas, mas também não percebo porquê!
Primeiro: Amiga acho que deves descansar... não é só ginásio e trabalho o corpo e a mente também precisam de descanso..
ResponderEliminarSegundo: Só tu para me fazeres rir... cada uma.. loll
Kiss
Ontem já dei descanso ao corpo, sinto-me com energia renovada! :)
EliminarRelativamente ao segundo ponto: aqui declaro que é tudo verdade, passou-se mesmo. Apenas decidi omitir alguns pormenores mais sórdidos.
Beijos