Entre a tristeza e a alegria. E sinto-me meio perdida.
Entre a preocupação e o alívio. Que também depende do
convívio.
Entre a espera e o encontro. Mas nunca o reencontro.
A bipolaridade da vida faz-se num sentido sem sentido algum.
Entre as cruzes de um totoloto, totobola, ou outra porra
qualquer.
Sempre sem nada que o faça prever.
Posso voltar atrás? Posso fazer diferente? Posso repetir as
cruzes depois de ouvir o sorteio?
O caminho escolhido é definitivo e só daqui para a frente o
seu pronúncio será permitido.
Consequências do livre arbítrio. Um futuro esquecido num passado
perdido.
Um passado relembrado na esperança de um futuro a lembrar.
Presente sem ter o que memorizar.
Sinto-me esquisita por isso sou obrigada a pensar.
Não quero outra coisa mas quero tudo em alternativa.
Penso na complicação da passagem pela vida.
O baloiço, coisa engraçada. Tenho de recuar para poder
avançar.
Avanço aquém do esperado para depois o recuo ser tão
acentuado.
Balanceio ao sabor do
vento, a chuva a fazer-me perder.
Gosto mesmo é do sol. Das flores a crescer, tudo sem parar
de se mover.
A verdade é que tudo isso me faz querer. Desde o âmago do
meu ser.
Balanceio entre o Inverno e o Verão e a esquecer o Outuno e
a Primavera não me posso atrever.
Questionando-me acerca daquilo que não devo perder.
Balanceio no baloiço da vida. Não é a isso que se chama
viver?
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