Depois de um fim-de-semana com asneira da grande à mistura,
a expetativa era muito baixa! Julgava que ia voltar a ultrapassar a barreira
transposta na semana passada, mas não! A medo subi para a balança e consegui
perder 600 gramas.
No Domingo de Páscoa foi dia de ver mesas recheadas de
coisas que só me apetecia atacar, mas controladamente provei uma unidade de
cada uma das coisas disponíveis ao almoço, não comi arroz nem batata e
atestei-lhe na salada! Nas sobremesas também provei, em quantidade muito
controlada, bolo de chocolate, arroz doce, pão-de-ló e queijo da serra (só de
relembrar já me babo!). Depois disso só bebi água… quando me deparei com mesas
cheias de miniaturas, camarões panados, cozidos, estufados, bolos, bolas,
mexilhões e sei lá mais o quê, pedi apenas um copo de água.
Depois disso correu tudo com normalidade até que ontem à
noite senti uma fome descomunal, estava com o pior dos feitios, cansada, cheia
de sono, o estômago a roncar. Mas graças à paciência do elemento masculino
consegui ultrapassar a negridão do momento sem fazer nada de que me
arrependesse. Decidi que se hoje continuasse assim comeria estrelitas ao pequeno-almoço.
Depois de me deparar com uma descida do peso apesar das asneiras de Domingo,
bebi o leite com granola!
Com a motivação em alta lá fui para o ginásio e como de
costume apenas homens e a je! Nos últimos
dias tenho pensado muito no facto de praticamente não se ver mulheres e
preferia sinceramente ter a presença de mais alguns elementos femininos. Ia mais
ou menos a meio do treino e vejo uma mulher. Finalmente! Pensei para mim: pelo
menos já somos duas! Fixe!
E foi fixe até eu ir ao balneário e ao voltar cruzar-me com
ela e sentir um olhar tão reprovador, tão crítico, tão nem sei bem o quê, que
até me fez vir as lágrimas aos olhos. Sim, a rapariga era magra, jeitosa, e ao
lado dela tenho consciência da minha monstruosidade. Mas apesar de não me ter
dito nada o olhar foi de tal forma revelador que me senti uma formiga, senti
que não andava lá a fazer nada, senti vontade de vir embora e não voltar.
Noutros tempos provavelmente era o que aconteceria, mas
hoje, sim, fiquei uns minutos com os olhos no chão, com as lágrimas nos olhos a
pensar no quanto ridícula eu sou. Mas depois pensei no que já alcancei, na
redução do meu peso, no aumento do peso das máquinas, no tempo que consigo
correr e sobretudo na forma como atualmente me sinto. E fiz 4Km de bicicleta
para me distanciar de todo aquele sentimento que ela me conseguiu transmitir,
ou que eu permiti!
Chego ao ginásio, coloco os meus phones, faço o meu treino e venho-me embora. Se nem sequer
repararem em mim tanto melhor. Mas a verdade é uma: nunca nenhum homem,
independentemente da sua forma física, me fez sentir aquilo que o olhar daquela
rapariga fez!
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