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Passar de evitar a precisar


Não deixo de ficar pasmada com estas alterações que se deram na minha forma de estar.

Ao longo da vida frequentei muitos ginásios. Comecei em miúda por frequentar natação e depois abandonei. Quando a obesidade começou a revelar-se um problema fui-me inscrevendo temporariamente num ou noutro ginásio. Frequentava durante algum tempo, mas era sol de pouca dura. Rapidamente começava a ter uma ou outra desculpa, até a minha mãe me começava a massacrar “andas a pagar, mas ir… assim não vale a pena!” e pronto, acabava por desistir.

O ginásio para mim nunca foi associado a prazer, mas sim a obrigação. Ia porque tinha de emagrecer, por isto ou por aquilo, mas nunca porque simplesmente queria.

Outra coisa que nunca quis foi a sala de musculação. Não gostava das máquinas, achava uma seca. Para mim era aulas ou não valia a pena.

A minha última inscrição no ginásio deu-se de forma diferente. Andava a correr, durante algum tempo fui correr de manhã antes de trabalhar, mas com o frio, a chuva, verdadeiras tempestades, não dava. Comecei a não ir um dia, outro e percebi que assim não ia dar. E neste caso não era preguiça, chegava a levantar-me e espreitar lá para fora, mas com as intempéries frequentes dificilmente saía.

Nesta altura apercebi-me que a melhor alternativa para mim seria a prática de desporto antes do trabalho. Ao final do dia não tenho hora de sair do escritório, depois as tarefas domésticas à minha espera, o cansaço do final do dia, são tudo motivos para não conseguir fazer desporto com a frequência pretendida. Portanto deu para decidir que praticar desporto frequentemente só de manhazinha antes da labuta.

As condições climatéricas associadas à necessidade de fazer alguma coisa de manhã deram origem a que me inscrevesse no ginásio. Um pouco a medo porque não queria incorrer neste custo para ficar tudo em águas de bacalhau. Ganhei coragem e decidi que tinha de ser este o caminho, pelo menos até o tempo melhorar.

E custou-me! Custou-me muito! Ainda há dias que custa! Ainda há dias que me apetece voltar para a cama e mandar o ginásio com as pulgas, mas reconheço a necessidade que atualmente sinto, o bem que me faz.

Numa fase da minha vida que não está a ser das melhores acredito que o ginásio acaba por funcionar como um escape, uma forma de não explodir nesta ou naquela situação. Sinto uma certa necessidade de extravasar desta forma tudo o que durante o dia acumulo e recauchuto dentro de mim.

Hoje não fui ao ginásio por opção, simplesmente decidi não ir. E a verdade é que hoje me sinto uma pilha de nervos. Coço-me, roo as peles dos dedos das mãos, os pés não estão quietos na cadeira e sinto que isto está a acontecer porque precisava de ter ido ao ginásio. Sei que vai ser um longo dia, arrependendo-me várias vezes de não ter ido.

E é isto que me surpreende. Não gosto de ginásio! Vou porque preciso, mas deixou de ser um “preciso para emagrecer” para um “preciso para me sentir equilibrada”.

Não sei quanto tempo irei sentir isto, mas atualmente é o que sinto. Gostava que fosse para sempre!

 

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