Ano 2000, entrei para a Universidade. Os dezoito anos chegavam
e apesar de continuar no Porto, a distância permitia-me uma liberdade nunca
tida até à altura.
Sempre fui menina de passar os fins-de-semana em casa a
estudar, ver filmes e até fazer crochet e ponto cruz.
Entrar para o mundo universitário foi conhecer um mundo
novo, um conjunto de experiências desconhecidas até aí. Primeiras saídas à
noite, conhecer muita gente nova (que finalmente não eram vizinhos), deixar de
estar num sítio onde estava sempre um dos meus irmãos mais velhos.
Estavam reunidas as condições para curtir valente. Sabem
como é quando numa festa disparam os confettis e o pessoal vibra? Foi desse
género! Foi um forrobodó pegado…
E sobre o primeiro ano na universidade tenho muitas
memórias… algumas das quais irei partilhar.
Não me arrependo de nada do que fiz, nem de nada do que não
fiz.
Mau, mau foi a aproximar do final do ano. Cadeiras feitas…
1! E tive de ir a oral… Lembro-me de o professor me dizer que achava que eu
tinha futuro na contabilidade… e eu pensar néeeeeeee, não é isso que eu quero.
Hoje com 31 anos cá estou eu…na Contabilidade que é por causa das coisas. Já a
minha avozinha dizia, nunca digas nunca!
Mas adiante no que interessa. Quando percebi que a
brincadeira tinha dado neste resultado levei com outro baque…
Resumindo, nesse ano foram duas valentes chapadas:
- 1.ª curtir valente, conhecer a noite, curtição total era o
prato do dia;
- 2.ª constatar que passar o ano a curtir e a marimbar-me para o curso faz
com que o sucesso escolar fique MUITO reduzido.
Foi um ano memorável e vivi episódios espetaculares. E acho
que tive o tempo certo. Um ano até pode parecer muito tempo, mas depois
disso caí na real, comecei a trabalhar de dia e a estudar à noite, pus a
responsabilidade à frente das vontades e não me arrependo de nada.
Qualquer dia tenho de explicar à minha mãe que não foi uma
questão de adaptação… ups!
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