Sou católica, não praticante. Apesar da educação que tive fui-me
tornando um pouco descrente. Sou batizada, frequentei a catequese, fiz a
primeira comunhão e casei na igreja.
Achei que casar na igreja não fazia muito sentido, mas o
noivo fazia questão (acho que sobretudo para não chocar a família) e eu cedi.
A igreja para mim é uma instituição que tem perdido muita
credibilidade ao longo dos anos. Não percebo a linha que separa a orientação
moral e religiosa, da máquina de dinheiro, das ações em contradição com o que é
dito nas cerimónias. Vejo ostentação de riqueza quando há demasiada gente a
passar fome, crianças a serem maltratadas, idosos a serem abandonados e a
morrerem completamente sozinhos… Talvez não esteja muito ciente do papel da
igreja na sociedade.
No dia 13 de Março foi eleito o Papa Francisco. E contra
tudo aquilo que para mim era a realidade da igreja, este argentino humilde e simples
mostrou-me que estava enganada. É para mim a exceção à regra. Deixou de se
preocupar com o ouro, a riqueza e o luxo e dedicou-se àquilo para que foi
eleito.
Ao início todos os dias ouvíamos mais uma notícia sobre um
comportamento inesperado. O telefonema ao senhor que lhe vendia os jornais, o
telefonema para a mulher que lhe escreveu uma carta a desabafar o desespero de
considerar o aborto de uma gravidez concebida numa relação extraconjugal e
tantas outras que só nos fazem sorrir ao pensar nelas. São coisas que fazem
toda a diferença. Comportamentos que não são simplesmente apontarem o dedo, mas
sim por ajudarem, orientarem os que precisam. E isto faz-me acreditar que ainda
há gente boa!
Como em tudo, para alguns não faz sentido esta postura.
Chocou muitos no Vaticano e alguns devem estar em desacordo com esta servência que
o Papa vestiu.
Da minha parte, o Papa Francisco fez-me voltar a acreditar e
para mim é de um líder assim que precisamos.
Quando os princípios morais se confundem com os interesses
próprios, quando vivemos numa sociedade egoísta em que apenas importa o próprio
umbigo, onde o objetivo diário é mostrar o que temos (e por vezes não temos),
precisamos de alguém que nos mostre o outro lado da moeda.
Alguém que nos mostre a esperança, o respeito, a fidelidade,
a preocupação com os outros…
Por isso o Papa Francisco foi eleito a Pessoa do Ano 2013
pela revista Time.
Por isso o Papa Francisco leva legiões e legiões de pessoas
atrás de si.
Por isso é que para mim não podia ser outra pessoa!
Eu sou católica, praticante (pouco, confesso).
ResponderEliminarConfesso que para mim, O PAPA foi o João Paulo II e este último PAPA Francisco.
João Paulo II, pela imagem de homem bom e pela serenidade que transmitia. Contudo, não concordava com algumas ideias por ele defendidas, como por exemplo a contracepção e o aborto, temas tão polémicos ainda hoje - já no SEC XXI. No PAPA Francisco vejo esperança, pela humildade que o caracteriza. Vamos ter Fé no futuro e que o Papa Francisco irá trazer novos rumos e ordem à igreja católica, que tem dias que parecem verdadeiros vendaveis. Oxalá ele consiga "limpar" a igreja de alguns malfeitores que, por detrás da batina, são o diabo em pessoa.
Assim, acho que a escolha da Time foi mais que acertada.
Bjs
Não diria melhor S.!!!
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